20/09/2008

O Dream Team da Itaipu

O Dream Team foi a equipe de basquete que mais encantou o mundo. Com jogadas sensacionais e vitórias esmagadoras, a seleção americana comandada por Michael Jordan e Magic Johnson superava os adversários com facilidade. E não é que temos um desses times aqui em Foz. O time de basquete da Itaipu é um verdadeiro “time dos sonhos”.

Desde 1997, a equipe não toma conhecimento dos adversários aqui na região oeste. Já são onze títulos municipais e onze títulos regionais, o último conquistado esse final de semana na fria Palmas, no sudoeste do estado.

Mas, além das vitórias, as competições parecem sagas de tantas histórias que os jogadores têm para contar. A mais recente aconteceu no último campeonato. Os “meninos” da Itaipu bateram o time dos Fogões Atlas de Francisco Beltrão por 70 a 18, e colecionaram mais uma história para a sua epopéia. “A gente pegou um time que só tinha moleques. E eles achavam que eram os Globetrotters (time conhecido pela habilidade dos seus jogadores, como pelas suas brincadeiras) ou, pelo menos, o melhor time de basquete de rua do Brasil. Eles corriam, corriam, corriam, mas cesta que é bom nada”, conta Marcos Teixeira, o armador titular da equipe. E parece que essa história não é de pescador não. A súmula do jogo confirma as palavras. O primeiro quarto terminou 18 a 0. O segundo quarto 26 a 0. No terceiro quarto 22 a 4. Só no último quarto, quando o time da Itaipu já estava com todos os reservas, o Atlas melhorou, vencendo por 14 a 4.

Os "meninos" da Itaipu são imbatíveis na região desde 1997.

Outra dessas histórias aconteceu em 2006, em Curitiba. O time da Itaipu estava na fase estadual, após ter vencido a fase municipal e regional, e foi jogar contra o time da empresa Bosch, Penta-Campeão dos Jogos do Sesi, Tri Campeã Sul Brasileira e Campeão Mundial. Em uma partida “iluminada” como conta Marcos, a Itaipu terminou o primeiro tempo vencendo por 25 a 24. E ninguém acreditava! No segundo tempo, a equipe cansou, e acabou tomando a virada. Apesar da derrota por 69 x 48, a grande atuação da equipe ainda está na memória dos jogadores. “Após esse jogo, eles passaram a nos respeitar. Agora, em todos os jogos que disputamos o treinador deles manda marcar os ‘veteranos’ da Itaipu de maneira individual, porque se não, a gente complica o jogo”, conta Marcos.

Itaipu x Bosch: nem os próprios companheiros de empresa acreditavam na vitória.

Mas, nem tudo são flores nas vidas dessas atletas. O time sofre com a média de 42 anos. O tempo vai passando, o condicionamento já não é o mesmo, o que complica um pouco", conta o armador. E acrescenta. "Os outros times são bem mais jovens. Mas, mesmo assim, continuamos lutando e vamos em busca de mais uma vitória”, afirma. No entanto, parece que contra a juventude, a experiência dos atletas da Itaipu, tem valido e muito.

O time agora, está em um processo de renovação e já tem exemplos disso. O primeiro é a entrada de Fabio Henrique da Silva, calouro no time e também na Itaipu. Há apenas um ano na hidrelétrica, essa é a primeira participação de Fabio nos Jogos do Sesi. O “yang” dele é Elmar Pessoa Silva. Elmar está com 54 anos, e no fim do ano se aposenta, não podendo mais competir nos Jogos. Há 14 anos na equipe, Elmar é um dos líderes, o pilar defensivo, além de chamar a responsabilidade nas horas decisivas. Mas, antes de mais nada, um “paizão” para os companheiros. "Para nós, ele é um exemplo a ser seguido. Chega sempre cedo para treinar, incentiva os mais novos, e joga demais. Mas, é um amigo acima de tudo. Vamos fazer de tudo para vencer a fase estadual e marcar a despedida dele com chave de Ouro”, conta Marcos.

Marcos Teixeira da Silva, Nilson Camargo Costa, Elmar Pessoa Silva, Roberto Gil Brasil, Jorge Fernando Leite, Geraldo Brito Junior, Jorge Henn, Marcos Ribeiro, Cassiano Rodrigo, Fabio Henrique da Silva, Juliano Ricardo da Silva.

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