07/10/2008

Por onde andam?

Obedecendo aos calorosos pedidos dos nosso leitores, estamos recolocando no ar a primeira matéria da série Por onde andam. Agora com fotos! Confiram!


Hoje contaremos a história de Marcus Vinicius Carneiro da Silva. Marcus foi goleiro de futsal do Floresta, Flamengo, Sport Mania, do Iate Clube de Londrina , do Foz Futsal e já chegou até na seleção paranaense de futsal.


Campeão paranaense em 1999. Um dos muitos títulos da carreira de Marcus.


Marcus começou a jogar futsal com 6 anos no Floresta Clube como jogador de linha. Talvez isso tenha dado atributos que o tenham feito dele um dos melhores goleiros do Paraná com o tempo. Quinho, como é mais conhecido, se tornou um goleiro artilheiro. Em baixo dos paus era excelente, mas com os pés era acima de média e dispensava comentários. Quando o jogo estava complicado, o time que jogava – um dos melhores e mais vitoriosos que já surgiu nas categorias de base em Foz do Iguaçu – sempre buscava o recuso do arqueiro, que tinha um excelente passe, visão de jogo e um potente chute. Na sua carreira ele até perdeu a conta dos gols que fez. E pensa que ele se espelhou em Rogério Ceni ou Chilavert? Que nada. Recheado de espírito de grupo, e mostrando um bom potencial para político, ele diz que o seu ídolo no esporte é Bruno Pulcinelli, goleiro e “rival” pela posição.


Nas categorias de base, o goleiro artilheiro ganhou todos os títulos possíveis. Só paranaenses foram três. Dois nas categorias de base (1999 e 2003) e outro profissionalmente (2002 - Chave Bronze). Marcus ainda conquistou um Brasileirinho (1995) e muitos campeonatos municipais que ele até perdeu as contas.



Equipe do Floresta Clube em 2003. Mais um título estadual.


Apesar de ter chego ao Foz Futsal em 2004, o auge da sua carreira foi um pouco antes. Em 2001, após brilhante campeonato paranaense – a equipe não chegou as finais, mas Marcus foi um dos destaques da competição – o goleiro foi convocado para disputar a Taça Brasil de Clubes pelo Iate Clube de Londrina e, posteriormente, para a seleção paranaense.
“Na semi-final da taça Brasil enfrentamos o Flamengo. Estávamos perdendo no primeiro tempo por 3x1, e o técnico Wilton Santana me colocou. Imaginem, uma semifinal, contra o Flamengo, e a torcida em peso, batucando, cantando. Entrei e fui bem. viramos o jogo e a partida terminou em 5x4. Fui para a final do brasileiro como titular, mas o Sport Recife era muito forte e acabou nos vencendo por 7x4.” No campeonato entre seleções o Paraná fez uma campanha modesta, não chegando a disputar as primeiras colocações.


Equipe do Iate Clube de Londrina na Taça Brasil de 2001.


Com o passar do tempo a vida de Marcus mudou. Hoje, o goleiro artilheiro tem 21 anos. Ele, após ter parado em 2005, fez mais uma tentativa. “Eu precisava fazer algo por mim, ter aquela sensação novamente. Então, esse ano aceitei o convite do meu primeiro técnico, Mané, e fui jogar pelo Flamengo Mania a chave bronze. Fiquei muito empolgado com a idéia de poder jogar, comprei tennis, luva, gastei muito dinheiro, treinei muito”, conta. Mas, o final da história não é como nos contos de fada não. “No primeiro jogo onde perdemos de 9 a 3. Mas, apesar da goleada, foi muito bom, uma sensação única. A oração, o aquecimento, o jogo. Para mim o importante ali era eu me divertir, voltar a sentir a sensação daquela garoto dos 10 as 17 que um dia sonhou em ser um jogador futsal.

Hoje, o goleiro artilheiro atua em outros campos. Marcus é estagiário na Itaipu Binacional e esse ano se forma em administração pela Unioeste. Agora, o goleiro artilheiro deixou o futsal de lado e tem outros planos na vida. “Se fosse seguir carreira teria que abrir mão de muitas coisas. De estar do lado da minha namorada e futura esposa. Hoje penso muito na família que pretendo formar. Minha futura esposa e também meus futuros filhos, e jogando não teria como conciliar isso”.

Acervo do goleiro artilheiro. Uma prova de que há um enorme potencial na cidade.


Apesar da mudança radical, Marcus não se arrepende, apesar de sempre lembrar dos momentos mágicos que viveu em sua breve carreira. “Não me arrependo de ter parado de jogar profissionalmente. É uma vida desgastante, que paga-se mal, que necessita de sorte e de abrir mão de muitas coisas. Mas, tem dias que pego as minhas medalhas, camisas e também as fotos e fico lembrando daquele tempo, conta o saudosista goleiro artilheiro.

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